As redes sociais como ferramenta de comunicação organizacional9 min de leitura

Dando voz e presença para as organizações

As transformações digitais são uma realidade da sociedade do século XXI. Muitas organizações já estão implementando novos processos tecnológicos em seus negócios para melhorar o desempenho e garantir os resultados da empresa. Com as novas soluções e a digitalização dos processos, os produtos e serviços estão mais automatizados e trazem mais comodidade ao consumidor. É possível solicitar um táxi, pedir comida, fazer compras e pagar com celular sem precisar, inclusive, de cartões.

Hoje, as mídias sociais são peças-chave como soluções para as organizações ampliarem sua marca no mercado e se aproximarem dos clientes, melhorando a reputação e a imagem da empresa. Elas passam a ser uma necessidade para quem deseja aumentar a produtividade, acelerar as vendas, incentivar o consumo e ter novas formas de comercializar produtos e serviços.

Nesse sentido, o uso dessas plataformas nos negócios tem alterado, inclusive, a estrutura das organizações e o papel dos seus funcionários. Como as mídias sociais reinventaram o mundo virtual, elas estão dando voz e presença para as organizações, reforçando e reposicionando cada vez mais suas marcas e valores.

A grandeza das redes sociais

O volume de informações aceleradas que chegam por meio da Internet, através de celulares, redes sociais e aplicativos, tem mudado a forma como nos relacionamos, trabalhamos, vivemos e consumimos produtos e serviços.

A Internet é uma rede de milhões de pessoas, de todas as classes sociais, que buscam informações, diversão e relacionamento e que comandam, interagem e interferem em toda e qualquer atividade ligada à sociedade e aos negócios (TORRES, 2009).”

O estudo The Science of Influence, publicado pelo Institute for Public Relations (IPR), em 2017, cujo objetivo era analisar as mídias sociais e as relações pessoais dos usuários, apontou que o Facebook é a rede social mais utilizada como fonte de informação e entretenimento. Dos entrevistados, 46% utilizam as mídias digitais todos os dias.

A rede social é, praticamente, um cartão de visita que diz mais sobre você do que um documento de identificação. Por isso, é muito difícil encontrar alguém que não tenha um perfil em uma delas. Só o Facebook tem mais usuários ativos do que a soma da população da China e dos Estados Unidos: são mais de 2 bilhões de pessoas.

Segundo o relatório Digital In 2018 Global Overview, hoje, mais de 4 bilhões de pessoas estão conectadas à Internet. Mas não é só a Internet, as redes sociais também estão crescendo rapidamente e já são utilizadas por cerca de 3,2 bilhões de pessoas; assim como o aumento de acesso das redes pelo celular. O que faz com que as empresas também repensem suas estratégias para mobile.

No Brasil, os dados são bastante curiosos e chamam atenção, principalmente, das empresas que estão no caminho da maturidade digital. O país é o terceiro que mais fica online diariamente, uma média de 9 horas. Somos 66% de usuários na Internet que acessam mais Youtube, Facebook e WhatsApp. Esses dados mostram o quanto a população mundial, inclusive a brasileira, está cada vez mais conectada e usando as redes sociais como forma de obter informações, fazer pesquisas sobre produtos e serviços e compras online.

Considerando esse cenário virtual, as redes sociais, assim como outras mídias, são ferramentas importantes tanto no dia a dia das pessoas quanto nas atividades empresariais. Por isso, entender sobre as potencialidades e desafios presentes nas redes sociais é imprescindível para o meio corporativo. Afinal, as redes sociais já revelaram ser um ambiente de grandes oportunidades.

Em uma sociedade hiperconectada, inserir as marcas nas redes sociais estreita as relações entre a empresa e seus consumidores. E conhecer cada vez mais os consumidores é primordial para fortalecer a marca. Dessa forma, é inegável que o seu uso pelas organizações vem aumentando de forma considerável.

Lições valiosas das redes sociais

As redes sociais, junto com os blogs e as comunidades online, fazem parte do que denominamos mídia social. São veículos interativos com grande poder de formar opinião e compartilhar informações, que podem potencializar ou destruir a imagem de uma marca ou pessoa. Essas plataformas conseguem interligar o local e o global de forma rápida e bem acessível, reunindo as pessoas por afinidades e objetivos comuns, as quais estão sempre buscando indicações de amigos antes da tomada de decisão.

Esse timing das redes sociais pode ser uma desvantagem, quando a empresa não souber se posicionar sobre os acontecimentos que impactam o seu negócio. Diferente dos veículos mais tradicionais, nas redes sociais um consumidor insatisfeito compartilha sua opinião e, rapidamente, milhares de pessoas estão sabendo e espalhando a notícia.

Como as redes sociais permitem construir relacionamentos, é fundamental a empresa estar inserida nelas, monitorar o que atrais os clientes, segmentar seus públicos-alvo, e ainda usá-las como fonte de pesquisa para saber das experiências dos consumidores.

Com tamanha acessibilidade, elas têm se tornado o meio mais procurado para se obter informações. Não é à toa que 94,4% das empresas estão presentes nas redes sociais, segundo pesquisa da Social Media Trends 2018. Os principais motivos são: visibilidade online (85,3%) e interação com o público (64,8%).

A agilidade faz com que as empresas tenham mais contato com os clientes e saibam quais as suas preferências, consigam captar novos consumidores promovendo seus produtos e serviços, e transmitam conteúdos de relevância para fortalecer a sua marca e força de vendas. Mas é preciso entender que as redes sociais não são apenas um ambiente de entretenimento, mas também um espaço que permite a integração e interação entre as pessoas e a empresa.

O desafio das empresas está em responder essas demandas, mantendo um trabalho sólido e controlando de forma mais eficaz os obstáculos ou crises que, certamente, elas enfrentarão pelas redes sociais. As pessoas não querem apenas comprar, elas buscam propósitos. Por isso, transmitir os valores e a visão da empresa, e manter-se honesta e transparente são atributos que, além de conquistarem o coração dos consumidores, geram uma percepção de valor de marca muito maior.

Ainda que o nosso país enfrente uma crise econômica e política, as redes sociais são ferramentas cada vez mais buscadas e utilizadas pelas empresas para se estabelecerem na Internet, seja como canal para gerar leads ou vendas.

As redes sociais, desde que utilizadas adequadamente, evitam duplicidade de informação, aumentam o trabalho colaborativo e melhoram os repositórios para criar um conhecimento coletivo da empresa. Com isso, a empresa consegue melhorar os custos e a agilidade de processos de negócios.”

A trajetória das redes sociais:

1994

Lançado o GeoCities, a primeira comunidade que se assemelha a uma rede social.

1995

Surge o The Globe, que dava aos internautas a oportunidade de interagir com um grupo de pessoas.

Também surge uma plataforma que permite a interação com antigos colegas da escola, o Classmates.

2000

Surge o Fotolog, uma plataforma que tinha como foco a publicação de fotografias.

2002

Considerada a primeira verdadeira rede social: o Friendster.

2003

É lançado o LinkedIn e o MySpace

2004

A maior rede social, o Facebook, surge junto com o Orkut e o Flickr.

2005

Surge o Youtube, hoje acumula bilhões de horas de reprodução e usuários.

2006

Twitter molda o debate público com os trending topics.

2009

Surge o popular Whatsapp, e o Pinterest.

2010

O Instagram chega para criar histórias com fotos e vídeos.

Qual o caminho para guiar liderança?

O fato é que a empresa que está posicionada nas redes sociais tem alguma chance no mercado. Por isso, cada vez mais elas estão em busca de espaço na Internet, criando valores apoiados na transformação digital e um novo formato de liderança, que passa a ter um comportamento mais empreendedor, ágil e que consiga explorar as gerações e as constantes novidades.

Tais habilidades da liderança estão voltadas à agilidade de se aprofundarem nas organizações de forma pragmática e disruptiva, seguindo um pensamento revolucionário nos negócios.

A liderança na transformação digital é consciente e sintonizada com as oportunidades que vão aparecendo, cria novos propósitos, se reinventa e incentiva sua equipe a experimentar novas ideias. Deixar a tecnologia inspirar as pessoas é não criar, também, certas resistências quando uma nova ideia ou processo surgem.

Liderar pessoas requer um esforço, individual e coletivo (da organização e demais membros), para facilitar a experiência humana às novas tecnologias, confiando tanto nesta tecnologia implementada como acreditando nas pessoas. Essa tarefa não é fácil, mas exige flexibilidade de quem for gerir. Como todos estão conectados o tempo todo e são bombardeados com inúmeras informações por segundos, saber explorar corretamente as redes sociais é papel fundamentam na atuação do líder.

É a comunicação que ocorre dentro da organização e a comunicação entre ela e seu meio ambiente que definem e determinam as condições da sua existência e a direção do seu movimento (LEE O. THAYER).

IPT®LIDERANÇA é uma ferramenta para crescimento profissional, que descreve as principais características do estilo de um indivíduo que influenciam sua forma de abordar as tarefas, de interagir com as pessoas e seu desempenho no trabalho.

Referências bibliográficas:

Tema principal: Transformação digital

Subtemas: Redes sociais: um caminho para a transformação digital das empresas e da liderança

Objetivo: Cultura Organizacional, Liderança, Inteligência Emocional

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