Neurociência: a maestria dos grandes líderes4 min de leitura

O cultivo de relacionamentos e emoções positivas e os indicadores da empresa

Há alguns anos os resultados de pesquisas na área de Neurociência têm amparado variados conceitos como neuromarketing, neuroaprendizagem, neuroliderança, entre outros. O grande mérito da Neurociência é evidenciar cientificamente conhecimentos sobre o comportamento humano que antes tínhamos como senso comum e derrubar outros que passaram a ser considerados mitos.

Por exemplo, graças a ela, pudemos observar que líderes que agem com empatia e se dedicam a cultivar relacionamentos e emoções positivas com suas equipes geram melhor motivação e engajamento e, como consequência, obtêm resultados melhores do que líderes autoritários, que se apoiam apenas no comando e controle, acreditando que esse comportamento seja suficiente para motivar as pessoas.  E, na verdade, acabam gerando conflito, falta de confiança e relacionamentos utilitaristas.

A Liderança na perspectiva da Neurociência

Olhar a liderança na perspectiva da Neurociência nos amplia a compreensão das relações humanas no trabalho, de como o funcionamento do cérebro afeta as decisões e as relações e sobre como é possível utilizar esse conhecimento na vida prática.

David Rock, líder de uma rede de especialistas que fazem pesquisas no campo da neurociência e diretor do NeuroLeadership Institute, afirma que no futuro líderes bem-sucedidos se caracterizarão pela capacidade de adaptação. Uma habilidade que irá exigir muita flexibilidade cognitiva.

Uma boa notícia, porém, é que o cérebro é um órgão com plasticidade e aprende. Isso reforça a tese de que para ser um líder melhor é preciso ser um ser humano melhor.

As pesquisas de Rock fornecem um quadro científico para compreender de onde vem a maestria dos grandes líderes, porque eles erram, como mudam e como influenciam os outros. Ele descobriu que as ações e decisões de um líder podem reforçar ou minar os níveis percebidos de status, segurança, autonomia, conexão e justiça. E isso deu origem ao Modelo Scarf, que é bastante disseminado pelo pesquisador David Rock.

lider gentil

O líder deve compreender a maneira como age e se relaciona…

O líder deve compreender que a maneira como age e se relaciona com a sua equipe impacta nesses indicadores, definindo o seu sucesso ou fracasso. Isto comprova o quanto é difícil exercer a liderança no contexto de tanta diversidade. Os gestos, frases, palavras e posturas do líder são interpretados pelas pessoas de maneiras distintas.

O Modelo Scarf, por exemplo, fornece uma referência para o líder ter mais consciência dessas interações e alertar sobre as preocupações fundamentais das outras pessoas, sensibilizando-o sobre a importância de calibrar as suas palavras e ações para atingir melhores resultados.

Assim como o cérebro dos animais é programado para responder a um predador antes de focar atenção na busca por alimento, o cérebro social é programado para responder aos perigos que ameaçam suas preocupações fundamentais, antes de realizar outras funções. As ameaças sempre superam as recompensas. As respostas às ameaças são bastante fortes, imediatas e difíceis de ignorar.

Os seres humanos não conseguem pensar criativamente, trabalhar bem com uns com os outros ou tomar decisões corretas, quando a sua resposta à ameaça está em alerta máxima. Por isso, as organizações devem se empenhar em reduzir as ameaças no ambiente organizacional, no clima e educar os líderes para que o seu comportamento, a sua comunicação e as suas ações não representem uma ameaça para as pessoas. Por exemplo: Rock critica os modelos de avaliação de desempenho e feedback que focalizam no que as pessoas deveriam parar de fazer. A Neurociência sugere que o feedback deveria focar no que as pessoas teriam que fazer mais. Ou seja, no hábito a ser fortalecido ou construído. Assim elas reagiriam menos e desenvolveriam mais os seus talentos.

Conhecer o funcionamento do cérebro pode certamente ajudar você a ser um líder melhor!

Tema principal: Neurociência, NLI.

Subtemas: A influência positiva da Neurociência nas ações e forma de se relacionar de um líder.

Objetivo: Neurocoaching, Liderança, Autodesenvolvimento, autoconhecimento.

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