Tolerância ao estresse e Inteligência Emocional5 min de leitura

A habilidade de conduzir situações adversas com calma e proatividade

 relaxando no trabalho

 “Não é o estresse que nos mata.

É a adaptação efetiva ao estresse que nos permite viver.”

George Vaillant

[member_first_name], é a habilidade de suportar eventos adversos e situações estressantes sem desenvolver problemas físicos ou emocionais, lidando com o estresse de forma ativa e positiva. Essa habilidade é baseada (1) na capacidade de escolher cursos de ação, a fim de lidar com o estresse (sendo habilidoso e efetivo, capaz de surgir com métodos adequados, sabendo o que fazer e quando fazer); (2) num caráter otimista diante das novas experiências e mudanças no geral, e diante da sua própria habilidade de superar, com sucesso, um problema específico em questão e (3) no sentimento de que se pode controlar ou exercer influência sobre uma situação estressante mantendo a calma e o controle.

Para ilustrar, temos a história de Kevin, que está no limite de suas preocupações. Ele cita problemas no trabalho (grandes projetos a serem fechados para o final do mês, a sobrecarga de trabalho gerada por conta de colegas doentes e os prazos curtos) e na família (esposa viajando para cuidar da mãe e a filha que foi recém-diagnosticada com um distúrbio de aprendizado e que precisa de um tutor). Ele também cita as consequências dessa sobrecarga de preocupações, como dores musculares (pescoço, principalmente), problemas de sono, etc. Apesar disso tudo, ele sabiamente visitou um médico que afirmou que, mesmo estando com a saúde em dia, a causa de todos esses sintomas é o estresse. Esse é um dos males mais comuns do nosso tempo e, de fato, o que sentimos tem impacto direto em nossas funções corporais – pressão sanguínea, respiração, batimentos cardíacos, etc., e quanto mais centrados formos, melhor conseguiremos absorver os baques da vida, nos tornando mais saudáveis física e mentalmente.

 

Evolução do estresse

Esse conceito não parte diretamente da fisiologia ou psicologia, mas da física (tensão). O conceito só foi aplicado aos animais e humanos nos anos 30, fazendo relação com a reação de lutar ou fugir. Nos anos 60, o Dr. Hans Selye identificou o que ele mesmo denominou como Síndrome de Adaptação Geral, em que nossos métodos inatos de como lidar com algo estressante passavam por três estágios: alerta, resistência e exaustão. Mas ele também acreditava que, havendo uma intervenção consciente da nossa parte, esses três estágios poderiam sofrer modificações.

 

Indicadores de estresse

Indicações de estresse obtidas através de uma autoavaliação, observadas nos sintomas físicos (desgaste, sobrecarga, dores no pescoço, costas e ombros, dores de cabeça, tontura, azia, falta de ar, perda de apetite, interrupções no sono) e emocionais (oscilações de humor, pensamentos do tipo “Isso é muito para mim”, “Não aguento mais”, “Como me livro disso?”, “Queria que meus problemas desaparecessem.”). É importante que se tome nota de todo esse turbilhão de sintomas, o que levará a pessoa a ter um panorama geral do seu estresse.

 indicadores de estresse

Mantenha sua perspectiva

James O. Jackson, escritor da revista Time possui um limite de estresse considerado admirável. Por trabalhar em uma redação, onde a natureza do lugar o faz ter várias tarefas importantes de última hora, ele consegue se concentrar, assimilar toda a informação e escrever seus artigos. Perguntado sobre como ele consegue lidar com isso, ele diz que a chave para essa tolerância se dá mantendo-se em seu “envelope de competência”, ou seja, se certificar do que se pode fazer, dar o seu melhor e não deixar que nada nem ninguém o importune levando-o a um frenesi desnecessário. Jackson destaca também o “valor” da preguiça, “já que os preguiçosos têm modos rápidos e fáceis de se chegar a uma solução”, declaração esta vinda de um homem que trabalhou na Alemanha e Rússia, foi o primeiro americano a entrevistar Mikhail Gorbachev, escreveu um romance em seu tempo livre e pratica jardinagem em sua casa de veraneio. O segredo disso tudo são três elementos chave: a capacidade de criar um plano de ação positivo para limitar ou conter o estresse, a habilidade de manter uma atitude otimista ao se deparar com uma mudança repentina ou situação negativa e a capacidade de sentir que está no controle ou exercendo influência sobre uma situação que induz ao estresse.

 

Não seja seu próprio inimigo

Retomando a história de Kevin, trazendo à tona a ideia de anotar todos os problemas e olhar cada um, minuciosamente. Com essa estratégia, de olhar com cuidado cada questão, pode-se observar que todos esses problemas podem ser resolvidos fazendo uso de uma abordagem otimista, por exemplo: o problema da filha com distúrbio de aprendizado requer um tutor, e isso exige um investimento – para ele, isto é totalmente gerenciável, já que possui condições financeiras para tal. O fato de estar repleto de trabalho com os prazos apertados se dá pela falta de recursos que dispõe – isto pode ser conversado e alinhado com seu chefe, ponderando se a tarefa pode ou não ser dividida com outros colegas de trabalho ou se o prazo pode se estender por mais um algum tempo. Listando todos os problemas e possíveis soluções em um papel nos dá uma motivação: saímos da inatividade que leva ao estresse e passamos a ter um papel ativo, que nos dá ânimo para confrontar estes problemas. Além disso, há outras formas de diminuir a exaustão, como praticar exercícios físicos, ouvir músicas mais lentas, etc.

 

Clique abaixo e faça atividades de autoavaliação e autoatribuições relacionadas ao tema:

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Referência:

Tradução livre do capítulo 16 do livro The EQ Edge: Emotional Intelligence and Your Success, Steven J. Stein, Howard E. Book

Tema principal: Inteligência Emocional, EQi 2.0

Subtemas: Como identificar sinais e consequências do estresse no dia a dia pessoal e profissional e como lidar com ele de forma mais positiva e tolerante.

Objetivo: Autoconhecimento, autodesenvolvimento, relacionamento, inteligência emocional


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