A Inteligência Emocional e o Líder 4.011 min de leitura

Já sabemos que Inteligência Emocional é essencial para o líder. Veja como ela pode contribuir com os novos desafios apresentados com a revolução industrial.

As mudanças são tão profundas que, na perspectiva da história da humanidade, nunca houve um momento tão potencialmente promissor ou perigoso”. – Klaus Schwab

O economista Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial e autor do mais importante livro acerca da nova revolução industrial, nos alerta para os desafios do mundo atual e quais são as principais características necessárias à nova liderança.

Para Schwab, a globalização foi capaz de tirar um bilhão de pessoas da pobreza. No entanto, com o passar dos anos, corre-se o risco de que ela ultrapasse os limites e seja uma ameaça para todos nós.

Para ele, a quarta revolução industrial trará a obsolescência muito rápida de diversas habilidades, valorizadas anteriormente. Segundo o relatório de 2016 do Fórum Econômico Mundial, a automação pode acabar com 7 milhões de empregos até o próximo ano (2020).

Com relação ao Brasil, ele nos alertou quais setores estão mais vulneráveis à automatização:

  • 1º – Indústria de máquinas: 69% dos postos
  • 2º –  Setor hoteleiro: 63% dos postos
  • 3º – Empresas de transporte: 61% dos postos

Como, então, podemos criar as habilidades necessárias para atender aos requisitos das empresas e indústrias?

Para Schwab, em primeiro lugar, nós precisamos transferir as pessoas para atividades em prol da sociedade.

O autor diz que as áreas mais ameaçadas, atualmente, são os vendedores de varejo, os agentes de viagens, os operadores de telemarketing e os árbitros esportivos. Dentre as áreas mais seguras estão os médicos especializados, artistas e psicólogos.

Precariat é um conceito que o filósofo Zygmunt Bauman já utilizava para designar o medo que temos de perder nossos empregos para a Inteligência Artificial. Contudo, o que antes parecia ser apenas uma preocupação das classes menos especializadas, atualmente pode ser um fantasma que assombra a todos os trabalhadores.

Atualmente, enfrentamos uma grande diversidade de desafios fascinantes; entre eles, o mais intenso e importante é o entendimento e a modelagem da nova revolução tecnológica, a qual implica nada menos que a transformação de toda a humanidade. Estamos no início de uma revolução que alterará profundamente a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos”. – Klaus Schwab

Figura 1.1 Líder 4.0 e sua equipe de trabalho.
Figura 1.1 Líder 4.0 e sua equipe de trabalho.

Quais são, pois, as quatro inteligências que serão demandadas no futuro próximo?

  1. Inteligência contextual

É a “mente” da liderança e da organização. Possui raízes em como o líder se orienta e em como ele conduz a organização. Alguns exemplos de liderança neste sentido podem incluir Steve Jobs, Warren Buffet, entre outros. São líderes que possuem uma visão clara do futuro, antecipando tendências e correlacionam essa visão com o contexto sócio-economico mundial.

As habilidades específicas para essa Inteligência são:

  • Contextualização: É a capacidade e disponibilidade de antecipar tendências e “unir pontos”, reunindo conhecimentos e informações de diversas redes de contato (internas e externas).
  • Adaptabilidade: É a capacidade de se adaptar rapidamente a uma nova tendência, utilizando os conhecimentos e informações adquiridos do contexto para desenvolver e implementar mudanças.
  • Conectividade: É a capacidade de redistribuir os conhecimentos e informações adquiridos do contexto para suas redes de contato, gerando parcerias eficazes para o alcance dos resultados.
  1. Inteligência física

Essa inteligência pode ser compreendida em seu sentido literal, ou seja, trata-se da pessoa que sabe cuidar do corpo e das implicações físicas.

Líderes que se preocupam com atividades laborais, com a conexão entre o corpo e a mente e dão importância ao bem-estar de seus colaboradores.

Nunca foi tão exigido dentro do ambiente corporativo a prevenção e manutenção da saúde organizacional.

Para isso, o líder precisa ter a consciência exata de como manter sua saúde corporal e mental. Ele também deve saber qual é o seu limite e de sua equipe. Para que isso ocorra, são necessárias 3 habilidades específicas:

  • Consciência corporal: É a capacidade de ter consciência do seu corpo reconhecendo os movimentos corporais e os estímulos sensoriais (visão, audição e cinestesia).
  • Estado de presença: É a capacidade de se manter em concentração focada (corpo e mente) utilizando todas as sensações e percepções que possam possibilitar um impacto positivo na maneira de ser, pensar e agir.
  • Resiliência: É a capacidade de se movimentar conforme as complexidades dos desafios, procurando entender e aprender novas maneiras para manter seu corpo e mente com harmonia nas situações de estresse.
  1. Inteligência emocional

É o “coração” da liderança e da organização. Como a liderança processa e gerencia as emoções no ambiente de trabalho. Para que isso ocorra, são necessárias 3 habilidades específicas:

  • Autorregulação: É a capacidade de compreender e saber controlar e expressar suas emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.
  • Empatia: É a capacidade de saber se adaptar compreensivamente à manifestação das emoções dos outros pela interpretação da linguagem verbal e não verbal.
  • Habilidades sociais: É o conjunto de capacidades comportamentais que fundamentam a comunicação e as interações sociais (assertividade, comunicação empática e relacionamento interpessoal).
  1. Inteligência inspiracional

É a “alma” da liderança e da organização. É como o líder se inspira para poder inspirar as pessoas à sua volta. Podemos citar grandes líderes da humanidade que possuíam esta inteligência, como Mahatma Gandhi, Winston Churchill, Martin Luther King Jr, Nelson Mandela. Estes líderes possuem uma habilidade ímpar de inspirar seus liderados com sua paixão e comprometimento pela causa. Para que isso ocorra, são necessárias 3 habilidades específicas:

  • Senso de propósito: É a capacidade de inspirar um propósito fomentando impulsos criativos que elevem a consciência coletiva e moral, com base em um forte “sentimento compartilhado de destino”.
  • Engajamento: É a capacidade de gerar um sentimento generalizado de objetivo comum em que todos se sintam coletivamente responsáveis pelo alcance dos resultados.
  • Confiança: É a capacidade de promover um clima de confiança mútua no trabalho em equipe para que as decisões estejam alinhadas ao interesse em comum e nunca na busca pelos interesses individuais.

Quais são, então, os sinais de que um líder está de acordo com os novos paradigmas?

Hoje em dia pode parecer bastante óbvio. Para que os colaboradores estejam motivados, o líder precisa estar emocionalmente equilibrado. Caso contrário, é possível que ele misture suas próprias inseguranças e impulsos com a equipe e acabe por prejudicar o desenvolvimento das pessoas.

A Inteligência Emocional está profundamente ligada à liderança 4.0.

Um líder eficaz sabe dar nome aos seus sentimentos, possui empatia pelos seus colaboradores e customiza suas práticas para acelerar o desenvolvimento de cada pessoa com a qual se relaciona.

Sabemos que o ambiente organizacional é, muitas vezes, extremamente estressante. Há cobranças por resultados, mas também pelo bom convívio e relacionamento interpessoal. As emoções negativas devem ser transmutadas e trabalhadas constantemente.

Figura 1.2 Pedir ajuda, consciência das emoções.
Figura 1.2 Pedir ajuda, consciência das emoções.

Assim, o líder deve ser capaz de compreender suas emoções e não ser refém de sequestros do sistema límbico. Para que isso ocorra, ele precisa se policiar e não ter medo de procurar ajuda, caso tenha dificuldades nessa área.

Como o EQ-i® 2.0 pode nos ajudar?

A questão para todas as indústrias e empresas, sem exceção, não é mais ‘haverá ruptura em minha empresa?’, mas ‘quando ocorrerá a ruptura, quando irá demorar e como ela afetará a mim e a minha organização?’”. – Klaus Schwab

Segundo um grande especialista em Inteligência Emocional, o Dr. Rich Handley, a liderança é a arte da influência. Nesta perspectiva, a liderança é a arte de inspirar as pessoas e trazer à tona tudo aquilo que elas possuem de bom.

Líderes de sucesso sabem que a única maneira de a empresa atingir os objetivos é despertando o potencial de cada um dos membros do time, ajudando-os a atingir seu potencial.

Sabe-se que a Inteligência Emocional definirá o futuro dos profissionais e das organizações.

A ferramenta de assessment comportamental EQ-i® 2.0 pode nos auxiliar a identificar quais são os pontos fundamentais a serem desenvolvidos nos líderes, bem como as fortalezas de sua personalidade.

Compreendemos a Inteligência Emocional como capacidade de lidar, adaptar-se e conviver em sociedade. Muitos processos de pensamento atuam em centros emocionais do cérebro e, portanto, precisamos compreender como o cérebro funciona.

Bons líderes possuem maior capacidade de identificar as emoções e também de gerar respostas positivas em seus colaboradores.

Por fim, um ambiente saudável emocionalmente gera maior produtividade e felicidadepara as pessoas.

O EQ-i® 2.0 é dividido em cinco dimensões e subdividido em 3 subescalas para cada dimensão. São elas:

  • Autopercepção
  • Autoexpressão
  • Relacionamento interpessoal
  • Tomada de decisões

Gerenciamento de estresse

roda EQ-i® 2.0A primeira dimensão, AUTOPERCEPÇÃO, irá mostrar o quanto o líder vê a si mesmo. O eu interior. Desenhada para avaliar sentimentos de força interior e confiança, persistência na busca de metas pessoais significativas e relevantes, junto com a compreensão do que, quando, porquê e como diferentes emoções impactam pensamentos e ações.

A segunda dimensão, AUTOEXPRESSÃO, revela como o líder manifesta os componentes emocionais. É uma extensão da escala composta da autopercepção. Aborda a expressão externa ou seu componente de ação da percepção interna. Também avalia a propensão do indivíduo de permanecer auto-orientado e abertamente expressivo sobre pensamentos e sentimentos, enquanto comunica estes pensamentos e sentimentos de modo construtivo e socialmente aceitável.

A terceira dimensão, relativa ao RELACIONAMENTO INTERPESSOAL, mede a capacidade do indivíduo de desenvolver e manter relacionamentos baseados em confiança e compaixão; articular o entendimento da perspectiva do outro; agir com responsabilidade enquanto mostra preocupação com os outros, sua equipe ou sua comunidade ou organização mais ampla.

A quarta dimensão diz respeito à TOMADA DE DECISÕES envolvendo as emoções. Explica qual o modo como alguém utiliza as informações emocionais; o quão bem um indivíduo entende o impacto que as emoções têm sobre o processo de tomada de decisões, inclusive a capacidade de resistir ou conter impulsos e permanecer objetivo, de modo a evitar comportamentos imprudentes e solução de problema ineficaz.

A quinta e última dimensão fala sobre o GERENCIAMENTO DO ESTRESSE, ou seja, o quão bem uma pessoa consegue lidar com as emoções associadas às mudanças, e a circunstâncias desconhecidas ou imprevisíveis, ao mesmo tempo em que permanece esperançosa em relação ao futuro e resiliente em face de contratempos e obstáculos.

O EQ-i® 2.0 vai além dessas escalas e também mensura qual é o nível de FELICIDADE e BEM-ESTAR do respondente.

Com a combinação de quatro subescalas (Autoestima / Otimismo / Relações Interpessoais / Autorrealização), o EQ-i® 2.0 inclui e visualiza a felicidade mais como um produto da Inteligência Emocional (possível consequência) e menos como um fator de contribuição.

A ferramenta não só pontua o líder em cada uma das escalas, como também pode ser utilizada no modelo 360º. Dessa forma, há uma forma de mapear os gaps entre as pontuações dadas por si mesmo e por outros membros da equipe (superiores, pares, colaboradores).

Às vezes, não fica claro que tenhamos pontos a melhorar, e a visão dos demais facilita a compreensão racional, que constitui o primeiro passo para a mudança efetiva.

Além disso, há dois tipos de relatórios (coach e do cliente). O EQ-i® 2.0 trabalha a dinâmica entre o equilíbrio e o desequilíbrio das 15 subescalas, não se pautando apenas nos resultados brutos. O relatório é todo baseado em Neurociência, o que facilita a inserção de um plano de ação para o respondente.

O uso de uma ferramenta como o EQ-i® 2.0 pode acelerar (e muito!) processos de coaching, de mentoria e de qualquer forma de autoconhecimento.

Tema: Inteligência Emocional, EQ-i® 2.0.

Subtema: A importância da consciência emociona e sua inteligência para o Líder 4.0.

Objetivo: Autoconhecimento, Autodesenvolvimento, Desenvolvimento de Liderança, Coaching, Coaching nas Empresas.

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