Pesquisa prova isso
Em um estudo com alunos do 8º ano em uma escola no centro da cidade de NYC, Blackwell e seus colegas dividiram os alunos em dois grupos para uma oficina sobre o cérebro e habilidades de estudo. A metade deles, o grupo de controle, foi ensinada sobre os estágios da memória; a outra metade recebeu treinamento a respeito da mentalidade de crescimento (como o cérebro cresce com a aprendizagem para torná-lo mais inteligente) e como aplicar essa ideia aos trabalhos escolares.
Alunos do grupo de mentalidade de crescimento mostraram um aumento no esforço e motivação três vezes mais em comparação com o grupo de controle. Após o treinamento, o grupo de controle continuou mostrando notas em declínio, mas o grupo de mentalidade de crescimento mostrou uma recuperação clara em suas notas. Nosso programa Brainology® baseia-se nesta intervenção de inteligência maleável, e a pesquisa demonstra consistentemente que o programa muda a mentalidade e aumenta a realização, no sentido de atingimento de resultados.
Como o programa muda mentalidades e impacta a realização?
Em um grande distrito escolar urbano, o SchoolKit foi implementado em um projeto piloto. Foram considerados os anos letivos 2012-2013 e 2013-2014, e o distrito viu os seguintes resultados:
• 67% dos alunos inicialmente orientados para a mentalidade fixa tornaram-se mais orientados para o crescimento.
• 59% dos alunos inicialmente de baixo desempenho melhoraram seus GPAs (escala numérica de conversão de notas).
• 70% dos alunos melhoraram seus resultados de SRI (inventário escolar).
Em uma escola, em que o Brainology® foi implementado como um curso de 9 semanas em tempo integral para todos os alunos do 8º ano, o ganho em SRI foi de 437 pontos, em comparação com o ganho esperado de 100 pontos. Além disso, o aluno médio nesta escola em particular alcançou mais de 2 anos de crescimento em matemática, tornando-os os alunos do ensino médio de melhor desempenho da cidade.
Pode-se ensinar uma mentalidade de crescimento a fechar as disparidades de resultados?
A pesquisa apoia uma associação entre mentalidades e ameaças de estereótipos. A ameaça de estereótipo é uma situação em que as pessoas estão em risco de confirmar um estereótipo negativo sobre si mesmas. Por exemplo, as mulheres, que são estereotipadas como tendo menos aptidão em matemática, ao fazerem um teste que mede “essa habilidade”, podem se preocupar que uma má performance valida este estereótipo aos olhos dos outros. Uma vez que a consciência de estereótipos possa contribuir para o baixo desempenho dos alunos em certas áreas, os pesquisadores investigaram se as intervenções de mentalidade poderiam ajudar a aliviar a ameaça psicológica dos estereótipos grupais sobre o desempenho. Em um estudo de 2001, um grupo de estudantes universitários afro-americanos foi encorajado a adotar uma mentalidade de crescimento e perceber a inteligência como uma qualidade maleável. O grupo que recebeu esta intervenção relatou maior satisfação por assuntos acadêmicos, recebeu notas mais altas e se dedicou mais com material acadêmico do que aqueles em grupos de comparação.
Pesquisas adicionais sobre ameaças de estereótipos estimaram que ensinar os alunos a atribuir suas dificuldades acadêmicas a situações transitórias levaria a maiores pontuações nos testes e a um melhor desempenho geral. Como muitos estudantes baseiam-se em estereótipos para construir teorias sobre si mesmos, eles aprendem a atribuir seu desempenho a inadequações fixas e percebidas. Em um estudo de 2003, com uma amostra predominantemente minoritária de baixa renda, um subconjunto de alunos recebeu mensagens de mentalidade de crescimento de mentores. Esses alunos, depois de trabalhar com um mentor que os assegurou a maleabilidade de sua inteligência, obtiveram resultados de testes estaduais significativamente mais elevados do que os alunos que não receberam o mesmo tipo de mensagens de mentalidade de crescimento.
Ensinar mentalidade de crescimento reduz agressividade e bullying?
Além de sua capacidade acadêmica, os alunos podem desenvolver uma mentalidade fixa sobre suas características pessoais. Yeager e colegas descobriram que os alunos que participaram de uma intervenção de 6 sessões sobre a maleabilidade de seus traços de personalidade se comportaram de forma menos agressiva e mais pró-socialmente. Essa pesquisa demonstra que podemos mudar as mentalidades dos alunos em áreas não acadêmicas e causar um impacto em uma variedade de comportamentos.
Fonte: https://www.mindsetworks.com/Science/Changing-Mindsets
Traduzido e revisado por Fellipelli Consultoria Organizacional