Aprenda a se organizar4 min de leitura

Uma reflexão sobre “tipo psicológico” e organização a partir da perspectiva de um desorganizado

Meu nome é Ramon e sou um dos responsáveis pelo marketing da Fellipelli Consultoria. Estava em meu trabalho quando decidi dar dicas sobre organização para pessoas desorganizadas aqui em nosso blog. Tudo parece coerente, não fosse pelo fato de me considerar pouco organizado.

“Oras, mas como uma pessoa desorganizada resolve dar dicas sobre organização? “ – você deve ter se perguntado. Calma, no final tudo fará sentido. Ao menos para mim faz.

Aliás, vou dar um spoiler: entender a origem da desorganização pode resolver o problema em partes, e acho que esse é o ponto de partida para todo desorganizado, que por algum motivo (leia-se sobrevivência), decide se organizar.

Voltemos à minha infância.  A fada do dente nunca me conheceu, pois eu perdia todos meus dentes. Brinquedos de montar tinham prazo de validade de 1 semana. Minha carteira sempre era a mais bagunçada da escola. Os prêmios por organização nunca foram meus.

A agenda?  Eu perdia. Quando não perdia, esquecia de ler. Os trabalhos? De vez em quando esquecia, mas sempre conseguia alguma saída de mestre para resolver a situação.

Na universidade nunca fui um dos mais controladores, mas como estudei Publicidade e Propaganda, muitos outros também não eram, então os professores tinham uma certa flexibilidade. A (falta) de organização sempre foi algo negativo, mas só começou me afetar de fato no ambiente de trabalho.

Esquecer reuniões, extrapolar prazos, me perder em processos, tudo isso tem um custo. Enquanto extrapolava criatividade em minhas atividades, me sentia perdido e deslocado dentro do ambiente organizacional. Tanto que já passei por situações muito desagradáveis.

Fato é que tenho um amigo muito organizado, metódico, cheio dos prazos e cronogramas. Com um planejamento profissional e de vida muito estruturado. Como sonhei ser assim. Aliás, eu sofria por não ser, detestava o jeito que sou e cheguei inclusive a tomar ritalina para tentar ser o que eu considerava como uma “pessoa melhor”.  Não resolveu.

Comecei a trabalhar na Fellipelli Consultoria e, ao responder o MBTI ®, fui diagnosticado como ENFP. Me choquei ainda mais por saber que essa “habilidade” da desorganização era inata, ou seja, fazia todo sentido se eu pensasse em minha história de vida.

Percebi também que além dos defeitos, eu tinha outras diversas qualidades: como o poder de influenciar positivamente o clima corporativo, energia para iniciar projetos e criatividade.

É muito legal descobrir o que você tem de bom. Mas o que fazer com o que você tem de ruim? Descobri é o primeiro passo e não sofrer e se penalizar por suas fragilidades, afinal, todos nós temos nossos pontos fracos.

Lembra meu amigo do sexto parágrafo? Era pouco criativo, não lidava bem com mudanças bruscas e havia recebido um feedback em uma avaliação 360º por ser rude e grosseiro com seu time. O MBTI ® me fez descobrir que ninguém é perfeito. Na verdade, isso parece muito óbvio, mas inconscientemente nos desmerecemos diante dos outros.

O MBTI ® me trouxe um novo olhar sobre mim. Me mostrou que eu tenho coisas boas a oferecer, mas que tenho que traçar estratégias para que as fragilidades não boicotem meu trabalho. E foi o que fiz.

Como um desorganizado se organiza?

Como um bom ENFP, adoro cores e montagens visuais. Para unir o útil ao agradável, escrevo as atividades que tenho que realizar em post its e colo em minha mesa. É uma forma de me lembrar sempre sobre as entregas pendentes.

Outra forma básica é estar sempre com pessoas organizadas. Assim, elas conseguem perceber com facilidade os detalhes e peculiaridades de cada projeto e também definir com mais profundidade, junto a mim, todas as etapas pelas quais passaremos. É incrivelmente rico quando um SJ trabalha com um NP.

E por último, trocar informações via e-mail e sempre levar um único caderno para todas as reuniões, assim, não tenho problemas em perder mensagens importantes.

Essas são as minhas estratégias. Quase sempre elas funcionam. Mas quando não funcionam, tenho versatilidade o suficiente para encontrar outros caminhos. O mais importante é de fato tomar consciência sobre tudo isso para então poder fazer alguma coisa a respeito. Por isso eu amo o MBTI ®. Por que me ensinou a gostar de mim como eu sou e a traçar estratégias para que eu me torne uma pessoa com um nível de assertividade muito melhor.

É isso! Gostou do texto? Você também pode enviar o seu, contanto como foi sua relação com o MBTI ®, algum impacto significativo na sua vida, carreira ou mesmo em sua forma de pensar. Vamos criar uma rede de compartilhamento – de autoconhecimento!

Enviei seu depoimento para ramon.olsen@fellipelli.com .

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