A tendência inversa das taxas de empreendedorismo nos EUA alcança novos patamares5 min de leitura

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A atividade empreendedora nos EUA aumentou mais de 60% e está no seu maior nível desde 2005, de acordo com o novo relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM). O estudo também descobriu que a educação tem um papel importante na formação dos empreendedores.

O empreendedorismo está alcançando novos patamares de acordo com um relatório lançado em 2011 pela Global Entrepreneurship Monitor, publicado pela Babson College e pela Baruch College. Com 12,3% da população adulta dos EUA engajada em atividades empreendedoras, o país obteve um aumento de mais de 60% na atividade empreendedora total (AET) de 2010 a 2011, combinando com os níveis de 2005. Este aumento vem após um decréscimo significativo relatado em 2009 e 2010. Além disso, os EUA mostram o nível mais alto de AET entre as economias desenvolvidas mundialmente. De acordo com o relatório mais de 29 milhões de adultos (18-64 anos de idade) estavam começando, ou comandando novos negócios em 2011. Mais ainda, quase 40% desses empreendedores esperavam criar mais de 5 novas vagas de emprego dentro de um período de 5 anos.

“Vimos um salto sem precedentes na atividade empreendedora em 2011”, afirma a autora do relatório Donna J. Kelley, professora adjunta da Babson College. “Muitos desses empreendedores estavam no processo de iniciação, o que significa que muitas pessoas entraram no ramo do empreendedorismo no ano de 2011. Além disso, comparado com 2010, mais pessoas relataram que tinham a intenção de começar um negócio nos 3 anos seguintes, mostrando um panorama mais positivo para o empreendedorismo nos EUA, após dois anos de indicadores de queda”.

“Outro fator importante é que o empreendedorismo movido à necessidade foi responsável por uma parte pequena de toda a atividade empreendedora em 2011”, Kelley adiciona. “Durante a recessão, vimos um aumento significativo de pessoas que começavam negócios por necessidade. Em 2011, a taxa de empreendedorismo aumentou principalmente por conta daqueles que começavam seus negócios em busca de oportunidades promissoras – um forte indicio de atividade empreendedora acontecendo como um resultado de otimismo e não de desespero”. Outras descobertas relatadas foram as seguintes:

Expectativa de criação de emprego

39% dos empreendimentos esperam adicionar mais de 5 vagas de emprego nos próximos 5 anos, indicando o potencial da criação de emprego e a restauração da confiança na recuperação econômica dos EUA.

O empreendedorismo nascente em ascensão

Pela primeira vez em 2008, o empreendedorismo nascente está em ascensão. Na verdade, o percentual disto quase dobrou entre 2010 e 2011 (4,8% em 2010 e 8,4% em 2011). As intenções empreendedoras também tiveram um aumento de mais de 30% em 2011, após estabilidade entre 2008 e 2010 (8,3% entre 2008 e 2010 e 10,9% em 2011).

Aumento no estabelecimento dos donos de negócios

Observou-se um salto no número de donos de negócios que se estabeleceram em 2011, com um aumento de 17% em relação a 2010. A taxa anterior de 9% era tida como acima da média, comparada com outras economias desenvolvidas estudadas pela GEM.

O gap de gênero está se fechando

Ainda há um número pequeno de mulheres empreendedoras em relação a homens, embora a taxa entre mulheres e homens empreendedores nos EUA seja mais alta do que a média global. Em 2011, havia aproximadamente 8 mulheres para cada 10 homens empreendedores.

Implicações de raça

Os negros são duas vezes mais propensos a serem empreendedores do que os brancos (19,3% e 9,7% respectivamente).

Fatores de idade

Os jovens adultos (na faixa de idade entre 18-24 anos) são mais propensos a começar um negócio, mas 10% dos adultos na faixa de idade entre 55-64 e 4,5% dos que estão acima dos 65 também tem a intenção de começar um negócio. Os jovens masculinos possuem uma maior percepção sobre oportunidades, enquanto as do sexo feminino são mais dissuadidas por medo de errar.

A educação forma os empreendedores

Há uma forte relação entre a atividade empreendedora e os níveis de educação. Os graduados em universidades são duas vezes mais propensos a escolher o empreendedorismo (15%) do que aqueles que não possuem nenhuma educação (7%), e quase 50% mais do que aqueles que se formaram no Ensino Médio.

Fator de baixo medo

Entre as economias desenvolvidas, os empreendedores norte-americanos mostraram as menores taxas em relação ao medo de errar no mundo desenvolvido, juntamente com a Suíça e a Eslovênia. Menos de 1/3 dos adultos norte-americanos (18-64 anos) se sentiam desencorajados pelo medo do erro. Ao mesmo tempo, as capacidades percebidas pelos norte-americanos estavam entre os níveis mais altos, dentro das economias movidas pela inovação. Mais de 55% dos adultos acreditavam que possuíam as habilidades para começar um negócio.

A riqueza e o impacto nos meios financeiros

Os empreendedores possuem famílias mais ricas do que os não-empreendedores. Os dados da GEM indicam que as famílias mais afluentes quase sempre são voltadas ao empreendedorismo.

A maioria das receitas dos empreendedores norte-americanos é baseada no mercado interno

Apenas 13% dos empreendedores norte-americanos relatam mais de 25% de sua receita oriunda do mercado externo, o nível mais baixo entre as economias movidas pela inovação.

“Os EUA, com toda sua imagem de economia global, têm apenas um nível médio de empreendedores voltados ao mercado exterior pelo seu nível de desenvolvimento”, comenta Abdul Ali, professor adjunto da Babson College e coautor do relatório. Como muitas regiões em desenvolvimento no mundo estão rapidamente se tornando inovadoras, estes empreendedores precisam manter sua competitividade global, sendo mais propensos a tal engajando-se nos mercados internacionais”.

Fonte: http://www.babson.edu/executive-education/thought-leadership/education/Pages/entrepreneurship-trends.aspx


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