O valor de observar os tipos psicológicos não poderia ser melhor demonstrado do que quando se deve resolver um conflito. Não se engane: Não há nada de mal nos conflitos. Evitá-los é evitar o progresso. O conflito deve acrescentar, não destruir. Algumas vezes uma “discussão acalorada” para uns, pode significar uma “briga” para outros. É o reflexo de nossos tipos. Pode-se dizer que nenhum tipo lida bem com o conflito. Para todos eles acaba representando um “stress”.
Os tipos psicológicos e os conflitos:
EXTROVERTIDOS / INTROVERTIDOS
O conflito para os extrovertidos é algo a ser examinado abertamente. Tendem a falar mais do que ouvem, podendo tornar-se mais assertivos e, quanto mais falam, mais se excitam.
Os introvertidos internalizam o seu desacordo para que possam refletir sobre o ocorrido. Ensaiam sua fala mentalmente e tentam antecipar o que pode ocorrer. O perigo é resolver o problema internamente e, externamente, nada fazer. Tendem a guardar para si a experiência e podem usá-la em ocasiões não relacionadas com o fato.
SENSORIAIS / INTUITIVO
O sensorial ouve literalmente o que é dito enquanto os intuitivos ouvem figurativamente qual seria o sentido, ou o que ele acha que seria o sentido.
O conflito real para o sensorial é o que é atual e imediato. O perigo é que, como sempre tem um foco único, pode haver muita coisa que toma conhecimento.
O sensorial trabalha melhor quando está lutando uma batalha específica, ao invés de tentar ganhar uma grande guerra. Seria mais construtivo se o sensorial pudesse ver o GRANDE QUADRO, a relação entre a irritação do momento e o relacionamento total.
O perigo com o intuitivo é que, como em tudo, o conflito é algo conceitual – tudo está na mente. Seu talento intuitivo permite que facilmente veja os elos entre causa e efeito envolvidos num conflito, colocando tudo dentro da perspectiva correta. Sua força é capaz de fazer um “projeto” para aceitar a disputa. Sua fraqueza é que “projeto” não inclui reservas para sua implementação.
PENSADORES / SENTIMENTAIS
A expectativa é que os pensadores sejam completos para lidar com os conflitos pois são mais objetivos do que os subjetivos. Sabem lidar com disciplina. Na realidade os pensadores não gostam de conflitos. Eles os enterram, evitam e fogem deles.
Isto também acontece com os sentimentais pois preferem a clareza, a justiça e a harmonia geral.
Os pensadores normalmente temem tudo o que é pegajoso e interpessoal. Se intimidam com as emoções dos outros. Assim podem não ser muito bem sucedidos nas soluções dos conflitos interpessoais.
Os sentimentais personalizam tudo, especialmente os conflitos. Palavras duras são recebidas como pessoais. Um comentário como: “Não estamos dentro dos prazos” pode significar. “Fiz algo errado”, mesmo que esteja tudo em dia.
JULGADORES / PERCEPTIVOS
Na hora em que algo surge no mundo dos julgadores a tendência é lidar agressiva ou defensivamente. Até a mudança de uma data pode ser transformada em conflito. Os julgadores querem controlar, tomar conta. Podem soar mais agressivos nas suas discordâncias do que realmente são. Parecem pouco dispostos a negociar.
Os perceptivos sempre procuram alternativas. Quanto um perceptivo gera uma alternativa, não tem necessariamente intenção de segui-la, é apenas parte do seu processo. Partilham suas percepções ao invés de seus julgamentos e pensam estar sendo definitivos. Perdem nas suas inúmeras alternativas que, às vezes, acabam esquecendo sobre o que era o conflito.