Neuroliderança, a nova fórmula de gestão3 min de leitura

A rápida evolução tecnológica, a digitalização, a expansão da inteligência artificial e da internet das coisas deram início a uma nova era que afetará todos os setores da sociedade.

O saber-fazer mudou de forma definitiva.”

Toda a forma do “saber-fazer” está se transformando, o que obriga a uma verdadeira revolução nas competências que as pessoas vão necessitar adquirir. Navegar nesta mudança é um desafio para todos nós, especialmente para os que ainda não estão “formatados” para gerir processos de mudança cada vez mais complexos. Enquanto professor convidado da Porto Business School e formador na Emotional Business Academy, tenho sensibilizado pessoas e organizações para a necessidade da tomada de consciência e da importância do desenvolvimento das competências de liderança. Se até hoje estas chegavam para obter resultados, as mesmas já não serão suficientes no novo paradigma.

Uma das respostas mais eficazes está na neuroliderança, um curso especial de formação que resulta de vários estudos sobre os novos desafios e que cruza competências que vão da programação neurolinguística à gestão dos processos emocionais, passando pelos novos modelos de comunicação. Recorremos aos grandes especialistas nestas áreas, cujo objetivo é antecipar todas as competências necessárias, a definição dos conteúdos e a sua divulgação. Na grande maioria dos casos, a requalificação será feita nas nossas esferas mentais para se poder enfrentar os novos desafios com renovadas ambições. O sucesso desses processos deve ser encarado como uma nova fase e não como um reajuste apenas necessário. De acordo com o Instituto Kaizen e a RH Magazine, “68% dos colaboradores das empresas portuguesas gostariam de fazer a aquisição de novas competências nas áreas das ciências comportamentais e da gestão das emoções, e 73% das pessoas, incluindo as equipes de gestão de topo, consideram prioritário haver formação nas áreas de desenvolvimento pessoal e emocional.”.

As pessoas vão ter de estar dispostas a abraçar novos projetos e imergir no desconhecido. Elas necessitam de novas orientações e novos estímulos para ultrapassarem com sucesso os desafios que vão sendo colocados. O domínio da neuroliderança é por certo um novo desafio que será colocado a todos os gestores. Pela primeira vez, ouvimos falar em cerca de 14 fases da vida em vez das quatro que até aqui faziam sentido, obrigando a pensar na forma de gerir estas gerações com lideranças distintas, adaptativas e com o foco centrado nas novas necessidades e na execução de novas tarefas.

A neuroliderança será um fator decisivo nesta requalificação. Estamos antevendo quais são as ferramentas de que necessitarão esses novos “ativos” em um futuro próximo, até 2025, e  antecipando o que será necessário para cada uma dessas 14 novas fases de vida, todas elas com necessidades específicas: como ajudar a gerir a mudança e como poderemos prepará-los mental e emocionalmente para esses novos desafios. Vamos passar do paradigma da formação específica para o de aquisição de competências necessárias, que afetará os modelos atuais do ensino e o próprio sistema de contratação de recursos humanos. Estamos na fase do “learn by doing”. A neuroliderança vai permitir liderar de forma disruptiva os processos de gestão de pessoas, pois no cerne de todas estas alterações estão pessoas, e saber liderá-las nesses contextos é o novo desafio.

Fonte: https://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/detalhe/neurolideranca-a-nova-formula-de-gestao


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