Capitalismo Consciente: bem-estar social para além do lucro3 min de leitura

Um paradigma em desenvolvimento

Uma teoria vem norteando empreendedores da nova economia: a do capitalismo consciente. Esqueça o tripé “missão, valores e visão”, que passa a ser visto como um roteiro forçado – e não muito sincero na prática – para convencer clientes e funcionários sobre a imagem da empresa. Todas as partes interessadas, estando dentro ou fora da organização, querem mesmo é enxergar, com transparência, o que está por trás de um CNPJ. O novo paradigma (ainda em desenvolvimento, é preciso dizer) contempla, simultaneamente, valores para todos os envolvidos, promovendo prosperidade e interligando cadeias de forma mais justa e equilibrada. Os negócios não se restringem apenas à geração de lucro e manutenção de empregos, mas também a valores de bem-estar social. Afinal de contas, o lucro deixa de ser objetivo para ser consequência.

Agora, são quatro os pilares. O primeiro é o “propósito elevado”, ou seja, os fortes valores que vão além do lucro e que inspiram, envolvendo o empresário, assim como os colaboradores e consumidores, que, engajados, amam o que fazem e anseiam avanços conjuntos. O segundo é “cultura consciente” – uma forma de cultivar amor e cuidado, desenvolvendo uma relação de confiança transparente entre os membros da equipe e investidores. Depois vem a “liderança consciente”, em que o papel do líder é servir ao propósito da organização, buscando o melhor em seus colaboradores, promovendo transformações positivas. E, por último, a “orientação para todos os envolvidos no negócio”, o que quer dizer maximizar retornos para todos os envolvidos na cadeia: colaboradores, consumidores, comunidade, governo e investidores.

Nem é uma novidade, mas se consolidou com o estudo do professor Raj Sisodia, em conjunto com David B. Wolfe e Jagdish N. Sheth, que deu origem ao livro Empresas humanizadas: pessoas, propósito e perfomance. A partir daí surgiu um movimento mundial espontâneo, com criação de organizações sem fins lucrativos para difundir ideias em todo o mundo. Entre os exemplos de destaque está o Whole Foods Market (varejista americana de alimentos naturais) e a The Body Shop (cosméticos naturais).

Veja definição pelo Capitalismo Consciente Brasil:

PROPÓSITO MAIOR – o propósito de uma empresa deve ser muito mais do que simplesmente gerar lucros: é a causa pela qual a empresa existe.

ORIENTAÇÃO PARA STAKEHOLDERS – um negócio deve gerar diferentes valores para todas as partes interessadas (stakeholders).

LIDERANÇA CONSCIENTE – líderes são responsáveis por servir ao propósito da organização criando valor para todos os seus stakeholders e cultivando uma Cultura Consciente de confiança e cuidado.

CULTURA CONSCIENTE – é a incorporação dos valores, princípios e práticas subjacentes ao tecido social

de uma empresa. Ela conecta os stakeholders uns aos outros e, também, ao seu propósito, pessoas e processos.

Fonte: http://blankspace.online/capitalismo-consciente-bem-estar-social-para-alem-do-lucro/


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