Rafael Marques é ESTJ. Organizado, metódico, voltado a resultados e com estruturas bem definidas. É um líder de alta performance, mas seus resultados estão comprometidos, porque é muito duro com sua equipe e não expressa interesse pelas questões de seus colaboradores, que estão pouco engajados e afastados de seu líder. Em muitas situações, tem uma visão equivocada dos processos e tende a cometer erros por não ouvir opiniões diferentes da sua. Aliás, leva muito tempo para tomar uma decisão, o que, em alguns casos, acarreta prejuízos para a organização.
Rafael conhece o seu tipo psicológico, mas precisa desenvolver outro fator fundamental para o seu sucesso no trabalho – a inteligência emocional.
O caso descrito acima é fictício, mas é muito recorrente no dia-a-dia do consultor de desenvolvimento humano e organizacional. Fato é que, em alguns processos, é importante a aplicação de mais de um assessment para traçar estratégias de desenvolvimento efetivas e individualizadas.
Dois assessments que dizem muito e se complementam são o MBTI® e o EQ-I® 2.0. Para entender como as competências emocionais afetam as preferências inatas do indivíduo e o comportamento, é fundamental a aplicação conjunta dessas duas avaliações.
Seguem os quatro motivos pelos quais todo consultor MBTI® deveria se qualificar no EQ-I® 2.0 – Inteligência Emocional:
É complementar ao MBTI®
Enquanto o MBTI® diagnostica as preferências inatas do indivíduo, o EQ-I® mostra como as emoções impactam o comportamento e até mesmo intensificam ou não o que é bom (e ruim também) das preferências.
Dá o índice de Felicidade do respondente
Com o índice de felicidade, é possível investigar diversos aspectos: se as preferências inatas são atendidas, se a pessoa está feliz no ambiente de trabalho, se há algum problema fora do trabalho que impacta a produtividade, se há problemas com a equipe, etc.
Mostra como a pessoa lida com o estresse
Enquanto o MBTI® diz quais são as tendências do indivíduo quando está no estresse, o EQ-I® 2.0 mostra quais os aspectos que podem fazer com que a pessoa chegue lá – entre eles, o quão otimista ela é, qual o nível de flexibilidade e qual o seu nível de tolerância ao estresse.
O resultado do EQ-I® combinado com o MBTI® pode ser muito importante e, inclusive salvar carreiras. Imagine só um ESTJ com tolerância ao estresse baixa e pouco otimista? Seria um trator com as pessoas ao redor. Ou um INFP com baixo otimismo e baixa tolerância ao estresse? Poderia indicar sinais de infelicidade no trabalho.
O EQ-I® é situacional
Revela a adaptação da personalidade do indivíduo ao ambiente, afinal, é um assessment situacional. Não é tão incomum encontrarmos ISTJ´s com flexibilidade alta. É uma tendência inata deles? Não, mas mostra que o ambiente exigiu aquela competência comportamental ao longo da vida.